Trocar a bateria com o motor ligado é uma prática antiga, do tempo de carros antigos. E essa é a diferença: carros antigos permitem esse tipo de serviço. Muitas vezes a o local, ou a situação em que a bateria arriou exigem alguma ação esquisita. Mas fazer isso em carros mais modernos é uma temeridade. Aliás, é prejuízo certo.
Os carros e caminhões antigos possuíam uma parte elétrica simples, com poucos componentes e pouquíssimos relés. A única peça que pode ser atingida por trocar a bateria com o motor ligado (veículos antigos) seria o alternador. Mas no caso do Fusca, por exemplo, com gerador em vez de alternador, nada queima, o que fez essa prática ganhar espaço. Aliás, se invertemos uma bateria (trocar os pólos) de um Fusca com gerador ele funciona. Apenas o fusível da seta vai queimar se ela for acionada. Mas isso é outro assunto e serve apenas como ilustração da simplicidade do sistema elétrico dos carros antigos.
Por que é perigoso?
Com o advento dos relés, trocar a bateria com o carro ligado ficou comprometedor. A explicação é bem simples. No momento que desconectamos um dos cabos da bateria com o motor ligado e acelerado, o alternador fica “doido” por não encontrar (eletricamente) a bateria, que é o seu ponto final. Por isso, e imediatamente, ele aumenta a carga – tanto a voltagem como a amperagem – tentando compensar e interpretando como um erro elétrico. Esse aumento é sempre maior do que 16 Volts, e já medimos mais de 20 Volts, um verdadeiro desastre elétrico
Em um veículo onde os equipamentos elétricos e eletrônicos foram fabricados para suportar entre 12 e 14,9 volts, é obvio que muitos deles podem queimar, mesmo que seja um serviço muito rápido. Alguns carros mais modernos até saem de fábrica com um sistema de emergência que desliga o motor em caso de sobrecarga.
O prejuízo pode ser em qualquer equipamento que esteja ligado no momento que se troca a bateria desconectando os cabos delas e com o motor ligado. Isso inclui, por exemplo, a central de injeção eletrônica. Lembrando que mesmo uma central mais antiga, como a do também antigo Tipo da Fiat, custa uma nota.
Existe um método correto para a troca de bateria, mesmo em carro mais simples. É assim desde o começo até a ultima porca a ser apertada (Veja aqui). Tudo varia de montadora para montadora e de modelo para modelo. Algumas trocas de baterias são bem simples, outras precisam de uma pessoa a mais para ajudar. No caso de emergência, tente procedimentos adequados, como a chupeta (bateria auxiliar). O manual do seu carro ensina a fazer isso de maneira segura.