As novas gerações de motoristas muito provavelmente não conhecem o fusível de vidro. Mas é por ser algo bem antigo, dos primórdios da indústria automobilística mundial. Quase todos os automóveis antigos e preservados na forma original, contém uma caixa de fusíveis de vidro. Era assim que o sistema elétrico era protegido de curtos e excesso de uso.

Para a época, eram duráveis, bem baratos, e fáceis de trocar. Também não eram muitos – 10 no máximo – por causa dos poucos acessórios e da boa capacidade de absorver calorias. Com o passar do tempo, esses mesmos automóveis foram ganhando acessórios como ar-condicionado, vidros elétricos e outros. Por isso os fusíveis passaram a ser criticados por durar pouco, se esquecendo do aumento da carga. A mudança do tipo de fusíveis demorou por falta de tecnologia melhor para sua fabricação.

Caixa de fusíveis de vidro – carro antigo

Um fusível de vidro possui uma lâmina interna que une as duas pontas metalizadas externas. O vidro protege do calor e agentes externos. A lamina é dimensionada de acordo com o acessório que protege. Ou seja: é a conhecida amperagem de fusíveis, quanto mais carga, maior a amperagem e mais grossa a lâmina interna (o fusível do farol, por exemplo). Essa amperagem varia um pouco menos que os fusíveis modernos. Temos de  10A, 15A, 20 e 30A. O fusível de vidro foi muito usado no Opala, Corcel e outros modelos da indústria automobilística brasileira

Repare a diferença dentro dos fusíveis

Muitos confundem o fusível de vidro com um filamento fino no seu interior como sendo fusível automotivo. Na verdade sua amperagem é baixa e deve ser usada apenas em sistemas delicados, como o som do carro. Evidentemente eles não podem ser usados em outros acessórios do carro, pois queimarão por caloria em poucos minutos de uso.

Uma característica comum desse tipo de fusível é quando ele queima. Muitas vezes ele interrompe no meio do filamento, o que é bem evidente. Mas ele também pode queimar por uso, ou vida útil. Nesse caso o filamento não rompe no meio e sim nas pontas metálicas. Isso pode enganar no caso de um exame visual, sem o devido teste elétrico. Ainda é encontrado no mercado a um preço bem acessível.