Preconceito. Essa é uma palavra pesada e antiga, mas que é um problema até nos dias de hoje. Talvez até mais. Uma mulher se tornar mecânica ou reparadora de automóveis, é alvo fácil de preconceito. O meio e os clientes ainda ficam relutantes quando mulheres entram em um ramo que há décadas era exclusivamente masculino. Já foi difícil para as mulheres convencerem que são boas motoristas, imaginem com relação a reparos de automóveis.
Mas de 80% do mercado do setor automotivo é dominado pelo sexo masculino. Ainda bem que essa situação está mudando no Brasil, visto que já foi quase 100%, sendo o “quase” atribuído as mulheres pioneiras no setor.
Em 1992 eu conheci pessoalmente uma mecânica formada que ganhou certa fama por intermédio de uma reportagem em um telejornal local. Sua carreira não foi para frente, mas depois disso várias mulheres entraram em cursos de mecânica e/ou elétrica automotiva. E existem muitos cursos, até pela internet. Mas os presenciais existem e são bem melhores.
Muitas dessas mulheres simplesmente seguiram a carreira do pai, herdaram o comércio ou a oficina, e se especializaram em mecânica. A grande vantagem percebida é que elas colocaram a mão na massa, ou graxa, mas também assumiram o lado administrativo do negócio familiar. Evidentemente que o atendimento melhorou. Restou apenas conquistar a confiança dos clientes.
A experiência tem revelado também que as mulheres se preparam mais para trabalhar como mecânicas, fazendo vários cursos e especialização na área. Porém, muitos clientes que são atendidos por um mulher ainda preferem esperar um mecânico chegar. Mas isso tem mudado também.
Ao perceberem a capacidade de uma mulher trabalhar como mecânica, muitos clientes preferem ser atendidos por elas, justificando que elas são mais detalhistas e caprichosas, quase sempre acertam o diagnóstico de primeira, o que acaba diminuindo o custo final do serviço. “Elas conseguem uma melhor comunicação com o cliente” explica um especialista da área trabalhista.
Já existem oficinas lideradas por mulheres e voltada para atender somente mulheres. Mesmo assim tiveram que conquistar a confiança de clientes. Além da capacidade de consertar um carro, o fator honestidade ajudou muitas delas, que também foram enganadas um dia em alguma oficina liderada por homens.
Em um oficina assim, tudo é mais limpo: o carro do cliente, o serviço feito, e até o orçamento e notas apresentadas ao cliente. A comparação com o meio masculino é evidente, o que tem aumentado a fidelização dos clientes, algo não muito aceito em oficinas, por assim dizer, “masculinas”. De fato é uma boa ideia para todos. Se temos carros femininos, por que não oficinas femininas?
Olá, temos uma oficina e queremos muito uma mulher mecânica para atender o nosso cliente feminino, mas não consigo encontrar em lugar nenhum.
Pode me dar alguma dica?
Nosso site http://www.mecanicakinscar.com.