O programa brasileiro de álcool combustível sempre foi merecedor de elogios, inclusive por nós do Mãos ao Auto. Mas ultimamente estamos recebendo muitas reclamações, além de chamadas para resgatar carros com panes inéditas. Em alguns casos o veículo saiu do local somente em reboque.
A foto acima representa bem a tecnologia que pode estar debaixo do capô do motor do seu carro. Mas é isto que o álcool combustível tem feito com os nossos carros flex: uma parada total.
O que tem causado isso? O que piorou tanto o desempenho do álcool como combustível? Quando lançaram os primeiros carros movidos a álcool, o principal problema era a partida inicial e o pré-aquecimento do motor. O primeiro foi resolvido com a partida a frio, a mesma que equipa nossos carros flex de hoje. Já o segundo problema era uma questão de paciência, puxar o afogador e esperar o motor chegar a temperatura ideal de trabalho. É óbvio que isso variava de modelo para modelo, alguns melhores, outros mais lentos. Mas o carro sempre funcionava, não gerava uma pane como as que temos visto ultimamente.
Álcool combustível e seus problemas
Adulteração. Uma palavra que combina com outras que estão em moda no nosso país. Com o advento do aumento dos combustíveis e também do custo de vida, eis que a adulteração do álcool combustível, o anidro, ficou evidente através de crescentes reclamações dos consumidores. A tática é acrescentar um álcool diferente que contém água em sua composição. Ou seja: seu carro vai ter que “explodir” água, além do álcool.
Quais são as consequências?
Evidentemente que o motor vai falhar entre outras consequências (existem relatos de mecânicos que retiraram um copo de 200 ml de água onde deveria haver apenas combustível). Mas uma consequência bem atual é a dificuldade da central em reconhecer um combustível para o qual não foi treinada, por assim dizer. O resultado final é um “travamento” do sistema de mistura e injeção, mesmo que você obedeça as instruções do manual quando mudar de combustível (sim elas existem!).
Se o problema for este, existem alguns passos que podem tirar você da pane sem a ajuda de um reboque. Veja isso neste link. O grande conselho é tomar cuidado para não comprar gato por lebre. Não existe combustível MUITO mais barato do que outro. Sempre desconfie de descontos exagerados e eleja um posto de confiança através de resultados, sendo fiel com ele até que algo mude na qualidade. Em outras situações, a central precisa de um tempo, ou rodagem para poder comandar a mistura correta e não ocorrer uma pane. Elas são feitas para se adaptarem a isso. Para melhor esclarecimentos leia o post aqui.
Tenho 29 anos de experiência em elétrica e eletrônica de automóveis. Além de carros, minha outra paixão é escrever. Resolvi juntar as duas coisas no Mãos ao Auto.
Discordo da informação que o àlcool causa danos ao motor ou pane’s são causadas por eles. Primeiramente que carros flex são veículo originalmente a álcool, preparados para receberem gasolina. Segundo o sistema de injeção “lê” a octanagem (grau de combustão de cada combustível), fazendo assim a queima mais perfeita possível.
Mas para esta leitura do combustível, se faz necessário que ao trocar de um para outro haja um tempo aproximado de 20 minutos ou dez quilômetros para que o sistema reconheça um ou outro. Tempo ou distância se não forem respeitadas fará seu veículo lhe deixar na mão.
Abraços!
Olá Filipe. De fato a origem dos flex é do carro a álcool e concordamos com o que você comentou. Até fizemos um post sobre os 20 minutos ou 10 quilômetros. O que temos visto é que o álcool atual está muito misturado, “batizado” como alguns dizem, com solventes e também muita água. E estes sim tem causado muita dor de cabeça para mecânicos e proprietários. Mas a gasolina não fica muito atrás. Abraços e seja bem-vindo ao site.
filipi, sua colocaçao esta corretissima .
incluisive as velas dos automoveis flex sao calibrsdas.
para trabalhar com etanol.
meu nome da silva, sou representane no mercado de peças de reposiçao automotivas.
Quando usava álcool, era um abafador por ano e limpeza de eletro-injetores também anual. (Comprei dois abafadores intermediários e dois finais).
Em 2011 comecei a usar gasolina com suspeita de ser o combustível e depois migrei para a gasolina aditivada, minha última vez que fiz limpeza de injetores foi em 2013 e abafadores em 2011.