É perigoso andar com a luz de injeção acesa?  Antes de mais nada, devemos saber de que luz estamos falando. Ela se parece com um motorzinho e em alguns carros pode ser de cor vermelha (Fiat) ou amarela (Chevrolet e outros.)

Também pode ter um triângulo ou um raio e a palavra “check” escrita na parte de baixo. Em alguns modelos de veículos esta luz tem o formato de um bico injetor e é de cor vermelha.

É perigoso andar com a luz de injeção acesa?

Se ela ficar acesa com o motor ligado, significa que alguma peça da injeção não está funcionando adequadamente.

Alguns desses problemas têm efeitos imperceptíveis a curto prazo, mas outros podem fazer o carro começar a falhar imediatamente. São várias as peças que compõe o sistema de injeção de um carro. Sendo assim, sim, é perigoso andar com a luz de injeção acesa.

É perigoso andar com a luz de injeção acesa?

Por isso, será necessário procurar uma oficina especializada em carros injetados. É impossível saber o defeito sem rastrear com o equipamento adequado. 

Quanto tempo posso dirigir com a luz de injeção acesa?

As funções de cada peça do carro são fundamentais para o motor. O perigo é o veículo parar de funcionar e simplesmente não pegar mais.

Outro risco de andar com esta luz acesa é quando o defeito é na bobina de ignição. Este problema pode queimar a central da injeção e esse vai ser um serviço bem caro. Porém, neste caso, o carro vai falhar muito – mas não é uma boa ideia esperar o motor falhar, ou o carro parar.

Por isso, a ida ao profissional deve ser imediata. Também por isso muitas vezes a luz é de cor vermelha.

É perigoso andar com a luz de injeção acesa

Posso andar com a luz EPC acesa?

Além dessa luz, outra, com as letras EPC, também costuma acender no painel do carro. Ela significa Eletronic Power Control e está relacionada com problemas na injeção.

Significa que algum componente da injeção está com defeito ou mau contato. Esta sigla EPC acende na cor amarela.

No caso da EPC, até uma luz de freio queimada pode acendê-la. Se ela acendeu, e pouco tempo depois apagou, isso significa que o próprio sistema resolveu o problema. Então, procure um eletricista antes de uma oficina de injeção e peça para ele conferir as luzes de freio. A luz de EPC é muito comum na linha Volkswagen.

Lembrando que essas luzes são indicadoras de necessidade de manutenção do seu carro. Um profissional experiente consegue perceber, ao usar um Scanner, que outras peças estão no final de sua vida útil. Não deixe de trocá-las.

Lavei o motor e a luz da injeção acendeu

É algo que acontece muito nas oficinas – nos carros mais antigos é até mais comum. Basicamente, alguma peça, ou atuador, molhou. É muito comum molhar as tomadas ou plugado deles, como o plug da central, sonda lambda, sensor de rotação, plug da bobina, extremistas dos cabos de velas, etc. 

Não é somente água que causa isso. Produtos usados ao lavar podem sujar estes componentes com óleo do próprio motor. Já vi casos de plugs simplesmente soltos, ou deslocados do seu lugar. Percebi que isso pode acontecer pela pressão da água ao lavar o motor e até uma retirada involuntária de quem lava. Vale conferir.

Quando levar o seu carro falhando em uma oficina, lembre-se de avisar o mecânico que você lavou motor. 

Luz de injeção acesa e motor falhando

Este é um caso em que o scanner de injeção vai ajudar. O problema que já vi nesta situação envolve velas ruins e com muito uso. Neste caso, a luz da injeção de alguns modelos antigos não vai acender.

Também pode ser bobina de ignição com defeito. Quase sempre é no primário dela, ou na entrada. A luz da injeção acende e o Scanner acusa: defeito no primário da bobina. Lembrando que um carro pode ter mais de uma bobina.

Como funciona a injeção eletrônica?

A injeção eletrônica não é novidade no mundo e o primeiro motor equipado com injeção é de 1950. Foi um Sedan 321i 16 válvulas com flex ativo. Ou seja: usava gasolina e etanol, além de também ser turbo! Estamos falando de tecnologia com mais de 70 anos de idade.

Foi desenvolvida por que, naqueles tempos, a poluição produzida por carros já preocupava. A injeção eletrônica surgiu para substituir os poluentes carburadores. É um sistema com muito mais peças que os carros anteriores. No Brasil, ainda existem circulando muitos carros carburados.

Passou a ser obrigatória em 2008. Basicamente, a injeção eletrônica é um sistema de combustível controlado por chips ou uma central eletrônica que controla todas as peças chamadas de atuadores. Ela reduz a poluição produzida pelo motor e ainda melhora o desempenho dele.

A principal função da injeção eletrônica é injetar o combustível de uma maneira dosada no motor do carro. O controle é realizado por meio de um chip eletrônico, a função desse chip é analisar o funcionamento do motor ajustando a sua alimentação para conseguir uma melhor performance por parte do automóvel. Explicando de forma simples, a injeção eletrônica foi inventada para substituir o famoso carburador.

Hoje, a injeção eletrônica está presente em todos os automóveis fabricados no Brasil, aliás, ele se tornou um mecanismo obrigatório no carro.

Sensores da injeção eletrônica

Como dito, esse equipamento possui sensores que atuam analisando diversos dados da queima do combustível do motor, como a mistura do combustível, a centelha da bobina e o funcionamento da bomba de combustível, e enviam para a central, que podemos chamar de cérebro do sistema de injeção.

O número de componentes vai depender do modelo e da tecnologia usada. Existem motores que possuem um bico injetor; outros possuem um por cilindro e uma bobina de ignição para cada vela. Cada sensor pode apresentar defeitos.

Tudo isso começa a funcionar quando ligamos a chave do carro e continua assim que o motor pega. O primeiro componente que liga é a bomba eletrônica e daí os outros componentes entram em ação, cada um no seu quadrado cumprindo sua missão.

Cabe a central tentar “regular estes sensores”. Não conseguindo, a luz da injeção acende para que seja verificado o defeito. Este fica registrado na memória da central – é onde entra o scanner.

5 sinais de defeitos na injeção eletrônica

Veja a lista abaixo com os principai sinais de defeito na injeção que acontecem na minha oficina:

  1. Queima de algum sensor ou atuador
    Defeito: A luz da injeção vai acender, significando que o defeito está gravado na memória da central. Solução: Sempre uso o Scanner para descobrir qual sensor está trabalhando mal. Daí começo a investigar as causas.
  2. Outros problemas elétricos no veículo, como alternador jogando excesso de carga na bateria.
    Solução: Reparar o alternador do carro, que é a usina elétrica dele. Tem que trocar o regulador de voltagem.
  3. Curto no chicote da injeção.
    Solução: Procurar o curto e reparar. Muito provável ser no chicote dentro do compartimento do motor.
  4. Troca súbita de tipo de combustível (o motor não pega).
    Solução: Sempre que trocar o tipo de combustível drasticamente, rode com o carro por pelo menos 11 km. Se não resolver, tem que regular o AF dele. Este serviço somente é feito em oficina especializada.
  5. E o mais comum: combustível ruim (o motor falha muito).
    Solução:  Trocar todo o combustível e procurar um posto de confiança.

Como apagar a luz da injeção eletrônica?

Tem que reparar definitivamente o defeito. O scanner possui um recurso de limpar a memória da central de injeção do carro, mas não é recomendável fazer isso.

Isto tira as referências de defeitos para o reparador e não vai consertar o carro. Com certeza, a luz vai voltar a acender. Alguns recomendam desligar a bateria para zerar a central. Também não recomendo isto. Simplesmente não vai consertar a injeção e isso também pode danificar outros componentes elétricos do seu carro. 

Quanto custa a manutenção da injeção eletrônica?

Varia de modelo para modelo, de fabricante para fabricante. O primeiro passo é escanear a central do carro. Isto pode ter um custo entre 100 reais e 500 reais.

Existem veículos extremamente modernos, com alta tecnologia eletrônica, mas no carros mais simples a manutenção é bem acessível. Mas lembre-se: se a luz de injeção acendeu, não demore para ir até um oficina. Muitas vezes a queima de uma peça barata pode danificar uma muito cara, mesmo em carros populares.  

  • O scanner é somente 50% da solução do problema e não é perfeito
  • Apenas trocar a peça pode não resolver o problema
  • O scanner acusa defeito em uma peça, mas esta pode ter causado defeito em outra
  • O profissional tem que analizar o resultado e te avisar sobre esta possibilidade
  • Em alguns casos, a luz de injeção pode acender simplesmente por causa de combustível ruim, mas o carro tem funcionamento normal.

Alguns modelos no mercado, quando apresentam problemas no sistema de injeção, entram em um “estado de emergência” que vai permitir, mesmo com motor falhando, que o motorista consiga chegar até uma oficina. Mas, no caso de pane geral, resta o reboque.

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Todo motorista precisa entender como funciona o próprio carro. Isso ajuda na hora da manutenção básica, que você mesmo pode fazer em casa, economizando dinheiro. Além disso, um motorista com conhecimento vai identificar problemas mais facilmente e saberá quando levar o veículo para uma oficina especializada. O conhecimento te ajudará até a escolher com sabedoria a melhor oficina.

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