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A propaganda acima era uma tentação para os apaixonados por carros da década de 60. Mas como assim? Sentir emoção com 40 Hp de potência? Bom. Questão de época, pois ele era chamado de “máquina”, sendo  bem visto pelos consumidores daqueles tempos. O problema era a estranha mania da mídia da época de ironizar os automóveis e suas linhas. O design, e principalmente o desempenho, eram sempre criticados com ironia, o que levantava suspeitas de teorias da conspiração partindo das grande montadoras.

Breve histórico

A história “da” Gordini se confunde com certa fábrica francesa, pois ela foi uma divisão da Renault Sport. No passado ela foi uma fabricante e preparadora de carros esportivos, fundada em 1946 por Amédée Gordini, apelidado de “Le Sorcier” (O bruxo). Posteriormente surgiram os Gordinis e Dauphines como carros para o público e que foram um sucesso de vendas, inclusive no Brasil.

Por aqui ele foi lançado em 1962 para substituir o Dauphine (pronuncia-se Dôfini). Na realidade a Willys Overland lançou um Dauphine melhorado na mecânica, pois na aparência poucas foram as mudanças.

dolfini1Talvez a mudança tenha haver com o glamour da imagem acima trocado pelo estilo aventureiro que a fabrica quis passar para o público. Um carro para homens e mulheres? Por que não? Para homens porque a versão de 1964 saiu equipado com dupla carburação o que acrescentava ao motor Renault traseiro “poderosos” 53 cavalos de potência, (o que também incomodava a fábrica do fusquinha)Mas o seu lado feminino lhe rendeu apelidos como Leite Glória, representando a fragilidade feminina que ainda vinha dos anos 50. Naquela época era famosa a propaganda do tal leite que tinha o bordão: “Desmanha sem bater…” e assim era visto o Gordini pela crítica, como uma carro frágil. Mas era exatamente o contrário, pois o carro saiu de fábrica com uma suspensão de “primeiro mundo”da época e simplesmente não suportava as estradas e ruas brasileiras. Ou seja, o Gordini podia até ser um leite, mas nossas vias batiam nele como um liquidificador.